quarta-feira, 17 de abril de 2013

O RAPTO DO JORNALISMO




Pedro Lozano Bartolozzi, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, acaba de lançar um livro instigante, O Rapto do Jornalismo. O texto é uma reflexão sobre nossa profissão, seus dilemas e seu fascínio.
 O jornalismo foi raptado pela perda de qualidade do conteúdo, pelo perigoso abandono de sua vocação pública e por sua equivocada transformação em produto mais próprio para consumo privado. Bartolozzi defende a necessidade de essa tendência ser revertida. É preciso recuperar o entusiasmo do "velho ofício".
 É urgente investir fortemente na formação e qualificação dos profissionais. Sem jornalismo público, independente e qualificado o futuro da democracia é incerto e preocupante.


A sobrevivência dos meios tradicionais demanda foco absoluto na qualidade de seu conteúdo. A internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguarda os meios de comunicação, assim como os partidos políticos e os sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou fazemos jornalismo de verdade, fiel à verdade dos fatos, realmente fiscalizador dos poderes públicos e com excelência na prestação de serviço, ou seremos descartados por um consumidor cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da informação na plataforma virtual.

No Brasil, para além da permanência dos diários tradicionais, explodiu o fenômeno dos populares de qualidade. O novo segmento não tem apenas incorporado novos leitores. Ele, de fato, representa uma esplêndida plataforma educativa. É fascinante ler alguns depoimentos dos novos leitores. São pessoas simples, frequentemente marginalizadas do debate público, que encontraram nos populares de qualidade uma carícia na sua autoestima. Sentem-se cidadãos. A nova classe emergente é uma grande oportunidade.
Fonte: Estadão.com.br
Texto: Erik Ferrazzi


EU SOU A VISÃO DE CADA UM - ESTAMIRA





O projeto Estamira surgiu em 1994 quando o cineasta e fotografo Marcos Pardo, decidiu conhecer o local onde são depositados os lixos produzidos em nossa casa. E foi no lixão de Jardim Gramacho que Prado resolveu falar sobre os catadores de lixo, aonde chegou até cogitar fazer uma sessão de fotos com estas pessoas. Após seis anos de estudo Prado conheceu Estamira, uma senhora de 63 anos, portadoras de distúrbios mentais, possui três filho e há vinte anos trabalha no lixão. Estamira no início virou o principal personagem do livro de Prado, chegando até virar documentário totalmente dedicado a ela.

 Em uma cidade criada por Estamira, os delírios são conselheiros. As relações não são mediadas por dinheiro como em nossa sociedade, mas sim pelos restos tirados de morros, onde são retirados seus alimentos. Alimentos estes que são depositados por caminhões da Prefeitura.

 A filmagem é realizada em preto e branco, mas possui cenas em colorido quando tem a intenção de mostrar uma nova realidade fora do lixão. Estamira é uma senhora que sofreu de maus tratos e de estrupo. Após isso ela foi levada para uma clínica para ser internada pelo seu próprio filho, filho este que não aceita sua mãe e a condena como louca.

  Estamira não aceita muitas coisas no mundo em que vivemos e a principal dela é a falsa verdade. Segundo a própria ela veio para revelar todas as verdades, mesmo que isso custe à solidão.

 Muitos após assistirem o documentário a tiram como louca pelos seus surtos repentinos, porem podemos dizer que ela não sofre de distúrbios, muito pelo contrário, ela provavelmente seja mais “normal” que nós. Estamira estava livre do pensamento capitalista e ambicioso que estamos acostumados.

 Podemos Fazer algumas brincadeiras com o nome Estamira, como: EstaMar (hora está que a senhora encontra-se no mar) EstaIra ( pelos seus surtos repentinos).   

Fonte:https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-618292-dt-content-rid-4844015_1/courses/201310.03968/Estamira%20tes%20doutorado%20vip.pdf
Texto: Erik Ferrazzi


segunda-feira, 15 de abril de 2013


Comunicação: Teoria Crítica
Texto: Letícia Maciel

A origem da teoria crítica se dá na Escola de Frankfurt, fundada em 1924, denominada Instituto para a Pesquisa Social.
A partir de concepções e ideias dos teóricos Max Horkreimer, Theodor Wieserngrund Adorno e Walter Benjamin  a teoria critícia analisava o sistema de economia de mercado, desemprego, crises econômicas, militarismo e terrorismo.
Um dos  instrumentos dessas análises foi a Revolução Francesa e Industrial, que marcaram os séculos XVIII e XIX, direcionaram a sociedade para uma nova estrutura de sustentação econômica, baseada pelo desenvolvimento do setor industrial, no qual o capitalismo se  tornou única possibilidade de progresso. A ideologia do capital se confirmou  nos séculos futuros  expressando a liberdade e igualdade da realização pessoal no alcance de todos, um dos exemplos é o consumo  que se tornou acessível a todas as classes sociais. Assim, foi estabelecido a cultura de massa e a produção de cultura. Para os frankfurtianos  a cultura se consolida guiando o consumidor, disciplinando-o a consumir o q ue a indústria oferece e produz. A individualidade é substituída pela coletividade, a indústria produz e grupos consomem determinado produto. Através desse consumo, é consolidado  a manipulação, o controle de massa, o que fica evidente em uma frase de um dos teóricos "A sociedade é sempre a vencedora e o indivíduo não passa de um fantoche manipulado pelas normas sociais." Theodor Wiserngrund Adorno. O indivíduo que vive na era da Indústria cultural não decide na sua individualidade o que vai consumir, a sociedade coletiva implica e estipula o que vai ser consumido pelo povo, pelo homem individualista, impedindo a atividade mental, ou seja, a liberdade, a livre escolha. Podemos perceber que o conceito de cultura e a forma que ela foi disseminada vem se moldando ao longo dos anos unindo a mídia à globalização, interatividade, entretenimento e educação, chegando a todas as camadas da população.
Um exemplo claro de manipulação da comunicação e das massas, foi na Segunda Guerra Mundial, onde Adolf Hitler usava do cinema (instrumento manipulado pela industria cultural) para alienação e manipulação dos alemães partindo para a idealização da raça pura ariana.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Funcionalismo




Dentre uma gama enorme de teóricos da comunicação, podemos destacar um que com toda a certeza teve grande influência para os futuros estudos que foram desenvolvidos. Harold Dwight Lasswell começou sua teoria criando alguns paradigmas básicos - Quem? Diz o quê? Por qual canal? Com que efeito? Para quem? - e com eles conseguiu demonstrar o poder que os meios de comunicação exercem sobre a massa.
A sociedade de massa surgiu como consequência da industrialização, revolução dos transportes e do comércio e da difusão de valores abstratos de igualdade e liberdade. Sendo assim o individuo passa a se sentir caso único dentro da sociedade. Esse isolamento criado aumenta a facilidade com que os meios de comunicação, podem conduzir ele da maneira que quiser.
Dentre os pontos que a Teoria criada por LASSWELL aponta, o de maior importância é o Estimulo. Esse fator é o que relaciona o organismo e o ambiente, sendo qualquer coisa que toca o individuo como, por exemplo: objetos e condições exteriores. Gerando assim uma resposta. Essa resposta é o que a mídia de massa utiliza para se refazer e atender cada vez mais os indivíduos que a compõe.
Enfim, o modelo criado por ele pode ser entendido com alguns pontos:

  • A mídia afeta o publico pelos conteúdos que dissemina;

  • Os efeitos produzidos equivalem a reações manifestadas pelo público;

  • Essas reações compreendem: atenção, compreensão, fruição, avaliação e ação;

  • As relações do público dependem de identificações projetivas, anseios, expectativas latentes ou não;

  • Há clara influência do contexto (social, cultural e ideológico) e de predisposição especiais nas reações manifestadas pelo público;

  • Os conteúdos disseminados pela mídia estão inseridos no contexto;

  • Os conteúdos disseminados constituem um dos fatores que provocam reações por parte do público;

As minhas considerações finais são as seguintes: Com o surgimento da sociedade de massa, foi necessária a criação de veículos que as atendessem. Entretanto podemos ver claramente que esses meios foram utilizados para individualizar, cada vez mais, as pessoas e torna-las alvos fáceis para a manipulação. Essa manipulação ocorre através de estímulos (propagandas, por exemplo) que geram uma resposta (consumo). Sendo assim o individuo fica a mercê do que lhe é apresentado e acomodado a essa situação não procura outras alternativas.

|Guilherme Bomfim

Bibliografia:
http://migre.me/e3eOT