terça-feira, 14 de maio de 2013




Roger Waters apresenta a ópera “Ça Ira- Há Esperança” no Theatro Municipal de São Paulo.

Texto: Letícia Maciel 
Obra com inspiração na Revolução Francesa e criada pelo casal de franceses Étienne Roda-Gil e Nadine, que pediram a Roger Waters para compor a belíssima obra com suas músicas.
O resultado foram 16 anos na criação da obra, Roger Waters se dedicou em cada partitura do espetáculo que resultou em um emblemático clássico francês.

O público que esgotou os ingressos rapidamente no Theatro Municipal de São Paulo para assistir uma adaptação de Another Breaking The Wall certamente se decepcionou. Muitos espectadores não entenderam o trabalho paralelo e a temática do ex-baixista da banda Pink Floyd  ao sintetizar sua essência progressiva ao jogo de luzes, ao hospício e a falsa liberdade que a Revolução Francesa trouxe ao mundo.

Apesar da presença de algumas passagens das obras do rock in roll do Pink Floyd, como as músicas “Money” e “The Dark side of the moon”, os então denominados fãs de Pink Floyd e Roger Waters saíram à francesa , sem muitas reclamações entre os atos do espetáculo. O descaso de alguns fãs que não se informaram sobre o trabalho paralelo do ex-baixista da maior banda símbolo do Progressivo não abalou a impecável produção dirigida por André Heller-Lopes . 
Todo o elenco brasileiro acompanhado de uma excelente produção inspirada em obras do artista plástico brasileiro Arthur Bispo do Rosário, foi apreciado por apenas aqueles que captaram e entenderam a alusão hipnótica do espetáculo. Para aqueles que permaneceram até o ultimo segundo, puderam perceber que a loucura da adaptação clássica de “The Wall” em ápices de loucura dos pacientes loucos-conscientes de Ça Ira.  
O que agradou os olhos é que jovens se entusiasmaram com Roger Waters, que assistiu seu conserto nas cadeiras especiais do Theatro recém-reformado, a presença de novos olhos e ouvidos renova e revoluciona, assim como os desbravadores da era da fumaça.


4 comentários:

  1. A ópera foi muito esperada, a expectativa imposta pelo público não foi alcançada, por ter um músico famoso, só fez com que as esperanças de um ótimo musical acontecesse, porém a única coisa que o público conseguiu foi a decepção de um espetáculo, não tão espetacular assim.

    Marcela Oliveira

    ResponderExcluir
  2. Infelizmente o público não soube separar o músico Roger Waters do integrante da banda Pink Floyd. A ópera ao invés de ser vista de forma isolada foi vista como uma continuação de projetos antigos da banda. É triste que os fãs não tenham gostado da obra por ter sido diferente do que esperavam.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Comentário de Letícia Maciel: A ópera de Roger Waters foi uma releitura temática de um dos períodos mais importantes do progresso tecnológico e social do mundo. Serviu como fonte de inspiração para aqueles que sabem apreciar a música erudita com requintes de rock clássico.

    ResponderExcluir