Roger Waters
apresenta a ópera “Ça Ira- Há Esperança” no Theatro Municipal de São Paulo.
Texto: Letícia Maciel
Obra com
inspiração na Revolução Francesa e criada pelo casal de franceses Étienne
Roda-Gil e Nadine, que pediram a Roger Waters para compor a belíssima obra com
suas músicas.
O resultado
foram 16 anos na criação da obra, Roger Waters se dedicou em cada partitura do
espetáculo que resultou em um emblemático clássico francês.
O público que
esgotou os ingressos rapidamente no Theatro Municipal de São Paulo para
assistir uma adaptação de Another
Breaking The Wall certamente se decepcionou. Muitos espectadores não
entenderam o trabalho paralelo e a temática do ex-baixista da banda Pink Floyd ao sintetizar sua essência progressiva ao jogo
de luzes, ao hospício e a falsa liberdade que a Revolução Francesa trouxe ao
mundo.
Apesar da
presença de algumas passagens das obras do rock in roll do Pink Floyd, como as
músicas “Money” e “The Dark side of the moon”, os então denominados fãs de Pink
Floyd e Roger Waters saíram à francesa , sem muitas reclamações entre os atos
do espetáculo. O descaso de alguns fãs que não se informaram sobre o trabalho
paralelo do ex-baixista da maior banda símbolo do Progressivo não abalou a
impecável produção dirigida por André Heller-Lopes .
Todo o elenco brasileiro
acompanhado de uma excelente produção inspirada em obras do artista plástico
brasileiro Arthur Bispo do Rosário, foi apreciado por apenas aqueles que
captaram e entenderam a alusão hipnótica do espetáculo. Para aqueles que
permaneceram até o ultimo segundo, puderam perceber que a loucura da adaptação
clássica de “The Wall” em ápices de loucura dos pacientes loucos-conscientes de
Ça Ira.
O que agradou os olhos é que
jovens se entusiasmaram com Roger Waters, que assistiu seu conserto nas
cadeiras especiais do Theatro recém-reformado, a presença de novos olhos e
ouvidos renova e revoluciona, assim como os desbravadores da era da fumaça.
A ópera foi muito esperada, a expectativa imposta pelo público não foi alcançada, por ter um músico famoso, só fez com que as esperanças de um ótimo musical acontecesse, porém a única coisa que o público conseguiu foi a decepção de um espetáculo, não tão espetacular assim.
ResponderExcluirMarcela Oliveira
Infelizmente o público não soube separar o músico Roger Waters do integrante da banda Pink Floyd. A ópera ao invés de ser vista de forma isolada foi vista como uma continuação de projetos antigos da banda. É triste que os fãs não tenham gostado da obra por ter sido diferente do que esperavam.
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ResponderExcluirComentário de Letícia Maciel: A ópera de Roger Waters foi uma releitura temática de um dos períodos mais importantes do progresso tecnológico e social do mundo. Serviu como fonte de inspiração para aqueles que sabem apreciar a música erudita com requintes de rock clássico.
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